Frase do Dia

"O silêncio também fala, fala e muito! O silêncio pode falar mesmo quando as palavras falham." Osho


"O silêncio é tão rico de palavras que ensinam os teus ouvidos a ouvirem teus segredos." William Senna

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Conexão através do OLHAR!



PARA REFLETIR:


Sendo a Língua de Sinais uma língua totalmente visual, podemos entender bem essa conexão, olho no olho, estar atento ao que o outro fala, observar cada sinal, cada gesto, cada expressão e estar ligado intensamente um ao outro.
Seria essa língua a salvação para uma sociedade que a cada dia torna o contato humano mais frio e distante?

terça-feira, 24 de abril de 2012

COMEMORAÇÃO DOS 10 ANOS DA LEI DA LIBRAS!


Hoje dia 24 de abril de 2012 é comemorado 10 anos da existência da Lei 10.436 de 24 de abril de 2002, que reconhece a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) como a língua oficial da Comunidade Surda Brasileira!

É a segunda Língua oficial do Brasil!

Parabéns a Comunidade Surda pelos 10 anos da Lei da LIBRAS!
10 anos de lutas, batalhas, conquistas e vitórias pelo reconhecimento de nossa Língua de Sinais!

Ainda temos muita luta pela frente, pois falta total reconhecimento e aceitação da LIBRAS pela Sociedade Brasileira, o direito á educação das crianças surdas em sua Língua natural (Língua de Sinais), falta intérpretes nas repartições públicas e outras coisas...

Porém a LUTA CONTINUA!  AVANTE POVO SURDO!  A LEI À NOSSO FAVOR!!

VIVA A LIBRAS!!!

Hoje a Comunidade Surda fará uma manifestação em frente ao Museu da Repúplica em Brasília pela comemoração aos 10 anos da Lei da LIBRAS!


quarta-feira, 7 de março de 2012

O Som do Silêncio

http://www.sedentario.org/videos/o-som-do-silencio-52104

Este é um belo curta que mostra a história de um rapaz que se apaixona por uma garota surda e tenta se encaixar no mundo dela. A trila fica por conta de um remix também muito belo de Sound of Silence do Simon & Garfunkel.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Setembro Azul

Mês que marca a lembrança das pessoas surdas, de suas lutas e conquistas. Alia-se a cor azul, que simboliza a comunidade surda em todo o mundo e está presente no laço que representa o conceito de SER SURDO.


A Fita Azul  

A fita azul foi introduzida em Brisbane, na Austrália, em julho de 1999, no Congresso Mundial da Federação Mundial de Surdos. Durante o evento foi feita a sensibilização da luta dos Surdos e suas famílias ouvintes, através dos tempos.
Desde então, tornou-se parte da cultura surda usar uma fita azul. Este símbolo "engloba uma história, uma cultura, uma língua, um povo, representa a opressão enfrentada pelas pessoas surdas ao longo da história, representa as suas silenciosas vozes em um mar de línguas faladas.“
A cor azul foi escolhida para representar "O Orgulho Surdo", para homenagear todos os que morreram depois de serem classificados como "surdo" durante o reinado da Alemanha nazista.
Ao recordarmos a opressão dos Surdos no passado e hoje, está se tornando claro para um número maior de pessoas que os Surdos podem fazer qualquer coisa, exceto ouvir.
Aqueles que usam a fita azul têm orgulho em mostrar um pouco de sua própria cultura: “A Cultura surda”.

      "Surdez não é uma deficiência, mas uma cultura". 


Datas comemorativas de Setembro:



Dia 10/09 – Dia Mundial das Línguas de Sinais

Em todo o mundo ocorrerá atividades, com o objetivo de valorizar o respeito e promover o reconhecimento das línguas de sinais em diferentes países, lembrando da marca deixada na história dos surdos com a proibição às línguas de sinais imposta pelo Congresso de Milão de 1880.




Dia 26/09 – Dia Nacional do Surdo
Data reconhecida pela lei 11.976/2008 e escolhida em homenagem à fundação da primeira escola de surdos do Brasil (INES).
Diversas atividades sociais e políticas serão realizadas em todo o país, na defesa dos direitos dos surdos.



Dia 30/09 – Dia Internacional do Surdo

O Dia Internacional do Surdo é comemorado por membros da comunidade surda de todo o mundo (surdos e ouvintes) no dia 30 de setembro ou no último domingo do mês de Setembro de cada ano, com objetivo de relembrar as lutas da comunidade ao longo das eras, como por exemplo, a luta em prol do reconhecimento da língua gestual nos diversos países do globo.

O SETEMBRO AZUL prevê Seminários, Palestras, Apresentações Teatrais, Passeatas, Audiências Públicas, Exposições, Festas etc. nos diversos estados brasileiros.




FONTES: 

domingo, 29 de maio de 2011

Em um outro mundo!

Para Refletir:


Como você se sentiria num mundo onde a Língua de Sinais seria a língua majoritária?

sábado, 25 de dezembro de 2010

Cultura Surda, o que é?

O essencial é entendermos que a cultura surda é como algo que penetra na pele do povo surdo que participa das comunidades surdas, que compartilha algo que tem em comum, seu conjunto de normas, valores e de comportamentos.

Devido às proibições de compartilhar uma língua cultural do povo surdo em resultado emitido pelo Congresso Internacional de Educadores de Surdos ocorrido em Milão, na Itália, em 1880, o uso de Língua de Sinais foi definitivamente banido a favor da metodologia oralista nas escolas de surdos. Daí em diante os alunos surdos foram proibidos de se comunicar usando a Língua de Sinais. O oralismo venceu a Língua de Sinais, que sofre preconceito até hoje.
A história se modificou com o trabalho de Willian Stokoe, o primeiro a pesquisar sobre a Língua de Sinais, um lingüista norte-americano e seu grupo de pesquisa que em 1965 publicou a celebre obra “A Dictionary of American Sign Language on linguistic principles”, na qual estudou e divulgou a Língua de Sinais Americana (ASL).
Seu trabalho incentivou o surgimento de vários outros estudos lingüísticos e mostrou que a língua faz parte da cultura e da comunidade surda.

A lingüista surda, Carol Padden (1989), estabeleceu uma diferença entre a cultura e comunidade.
Cultura - “Conjunto de comportamentos de um grupo que tem sua própria língua, valores, regras de comportamentos e tradições”.
Comunidade - “É um sistema social geral, no qual as pessoas vivem juntas, compartilham metas comuns e partilham certas responsabilidades umas com as outras."

Para esta pesquisadora, “uma Comunidade Surda é um grupo de pessoas que mora em uma localização particular, compartilha as metas comuns de seus membros e, de vários modos, trabalha para alcançar estas metas.” Portanto, em uma Comunidade Surda pode haver também ouvintes, surdos que convivem com os dois mundos: ouvinte e surdo; e surdos que não convivem com outros surdos, pois convivem mais com o mundo dos ouvintes.
Já “a Cultura da pessoa Surda é mais fechada do que a Comunidade Surda. Membros de uma Cultura Surda se comportam como as pessoas surdas, usam a língua das pessoas Surdas e compartilham das crenças das pessoas Surdas entre si e com outras pessoas que não são Surdas.” 

Ser Surdo é saber que pode falar com as mãos e aprender uma língua gestual-visual, através dessa, é conviver com pessoas que, em um universo de barulhos, deparam-se com pessoas que estão percebendo o mundo, principalmente, pela visão, e isso faz com que elas sejam diferentes e não necessariamente deficientes.
A diferença está no modo de perceber o mundo e gerar valores que influenciarão no comportamento e tradição sócio-interativa. Este modus vivendi denomina-se Cultura Surda.

Resumindo, Perlin (2003) afirma:
“Cultura Surda é jeito surdo de ser, de perceber, de sentir, de vivenciar, de comunicar, de transformar o mundo de modo a torná-lo habitável.” 



Referências Bibliográficas:

FELIPE, Tanya A., MONTEIRO, Myrna S. LIBRAS em contexto: curso básico, livro do professor instrutor. Programa Nacional de Apoio à Educação dos Surdos, Brasília: MEC, SEEP, 2001.

STROBEL, Karin. As imagens do outro sobre a cultura surda. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2008.





O que é a LIBRAS?

"A Língua de Sinais é, nas mãos de seus mestres, uma linguagem das mais belas e expressivas, para a qual, no contato entre si é como um meio de alcançar de forma fácil e rápida a mente do surdo, nem a natureza nem a arte proporcionaram um substituto satisfatório.”         J. Schuyler Long
                                                                                                                                

           A LIBRAS é a sigla da Língua Brasileira de Sinais, língua oficial da comunidade surda brasileira, reconhecida pela lei 10.436 de 24 de abril de 2002 e regulamentada pelo decreto 5626 de 22 de dezembro de 2005. A LIBRAS tem origem na LSF (Língua de Sinais Francesca) e foi sendo modificada com o tempo através da influência da cultura nacional.
           As Línguas de Sinais são as línguas naturais das comunidades surdas e possuem o status de língua, porque possuem estrutura gramatical própria nos níveis lingüísticos: fonológico, morfológico, sintático e semântico. O que é denominado de palavra ou item lexical nas línguas orais-auditivas, são denominados sinais nas línguas de sinais. Os sinais são formados a partir da combinação do movimento das mãos com um determinado formato em um determinado lugar, podendo este lugar ser uma parte do corpo ou um espaço em frente ao corpo. Estas articulações das mãos, que podem ser comparadas aos fonemas e as vezes aos morfemas, são chamadas de parâmetros.
          As línguas de sinais diferenciam-se das línguas orais por sua modalidade gestual-visual, que utiliza como canal ou meio de comunicação movimento gestual que são percebidos pela visão. Já a língua oral-auditiva utiliza como canal ou meio de comunicação sons articulados que são percebidos pelos ouvidos.
           Conforme FELIPE (2001), pesquisas sobre as línguas de sinais vêm mostrando que estas línguas são comparáveis em complexidade e expressividade a quaisquer línguas orais. Estas línguas expressam idéias sutis, complexas e abstratas. Os seus usuários podem discutir filosofia, literatura ou política, além de esportes, trabalho, moda e utilizá-la com função estética para fazer poesias, contar estórias, criar peças de teatro e humor.
          As línguas de sinais não são universais, existem várias línguas de sinais no mundo assim como as línguas orais. Essas línguas são diferentes umas das outras, e diferem das línguas orais de seus países. Por exemplo: Brasil e Portugal têm mesma língua: a Língua Portuguesa, enquanto as Línguas de Sinais destes países são diferentes. Igualmente acontece com os EUA e a Inglaterra. Também há casos de dois países usarem a mesma Língua de Sinais, por exemplo, os EUA e o Canadá, usam a ASL (American Sign Language).  Nas línguas de sinais existe também o regionalismo assim como ocorre nas línguas orais.
            Os usuários surdos das línguas de sinais comunicam-se com facilidades com usuários surdos de outros países, caso que não ocorre com os usuários das línguas orais. Isso acontece por causa das línguas de sinais serem icônica, que assemelham a objetos e também devido a capacidade de seus usuários utilizarem gestos e pantomimas na comunicação com expressões faciais e corporais.
           Ainda conforme FELIPE (2001), uma semelhança entre as línguas é que os usuários de qualquer língua podem expressar seus pensamentos diferentemente, por isso uma pessoa que fala uma determinada língua utiliza essa língua de acordo com o contexto, portanto o modo de se fala com um amigo não é igual ao de se falar com uma pessoa estranha, assim, quando se aprende uma língua, está aprendendo também a utilizá-la a partir do contexto. Outra semelhança também é que todas as línguas possuem diferenças quanto ao seu uso em relação á região, ao grupo social, a faixa etária e ao gênero. O ensino oficial de uma língua sempre trabalha com a norma culta, norma padrão, que é utilizada na forma escrita e falada e sempre toma alguma região e um grupo social como padrão.

Referência Bibliográfica:
FELIPE, Tanya A., MONTEIRO, Myrna S. LIBRAS em contexto: curso básico, livro do professor instrutor. Programa Nacional de Apoio à Educação dos Surdos, Brasília: MEC, SEEP, 2001.